Piauí tem déficit de 6 mil professores na rede estadual
Para solucionar o problema a alternativa imediata é contratar 6 mil professores substitutos.


As vagas para professores efetivos nas disciplinas de física, inglês, química e matemática dificilmente são preenchidas totalmente e esse déficit deve persistir mesmo após o início do período letivo na rede estadual, marcado para a próxima segunda-feira.


Para solucionar o problema a alternativa imediata é contratar 6 mil professores substitutos, que deverão ser redistribuídos por todo o Estado. Segundo avaliação da Unidade de Gestão de Pessoal da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) o problema começa na formação dos professores, já que os alunos têm dificuldades para concluir esses cursos.


“Há turmas do curso de licenciatura de física ou química, por exemplo, que iniciam com 40 alunos e só concluem com cinco ou seis pessoas naquele curso escolhido”, explica Marilene Lima, diretora da Unidade de Gestão de Pessoal da Seduc. Dentro dessa perspectiva, a demanda e oferta nunca serão equilibradas.


O que apóia essa conclusão são os próprios dados da Secretaria. No último concurso público realizado em 2009, para professor da rede estadual de ensino, foram ofertadas 3.455 vagas, no entanto, apenas 1.230 candidatos foram aprovados. O caso é tão grave que em alguns municípios do Estado não houve sequer um candidato aprovado.


Para não prejudicar o calendário letivo de 2011, a Seduc já vem tratando do assunto. “Esse processo já se iniciou com a realização da semana pedagógica, no dia 7. 


Foram selecionados os aprovados no teste seletivo realizado em 2010, cujo edital foi prorrogado para 2011, sendo convocados os aprovados por ordem de classificação. Dessa forma, acreditamos que não haverão prejuízos para o ano letivo”, esclarece Marilene Lima.


Os professores contratados dentro da condição de substituto devem receber de acordo com a carga horária. Para aqueles com 20 horas semanais, o valor é de R$ 646,71. Já para os de 40 horas, o valor será de R$ 1.255,75. Esses valores, de acordo com a diretora da Unidade de Gestão de Pessoal da Seduc, estão baseados no piso-salarial da classe.

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